Um mundo descoberto,
Para lá dos mares:
Presente no incerto
No meio de tantos olhares.
Não sei de onde venho,
Não sei para onde vou.
Eu só sei que não tenho
Aquilo que eu não dou,
Pois o sentimento perdido
Que é este, o amor,
Só quero é estar contigo
Mesmo que isso me traga dor.
Mas apesar de toda a verdade,
E da verdade do coração,
De onde vem esta saudade
Quando toco com os pés no chão?
A vida são dois dias,
Um de angústia, outro de felicidade
Mas se olhares para trás
Só ficará saudade:
De tudo o que já foste
Ou podias vir a ser,
Mas que não controlas de todo
A vontade de esquecer.
E assim perdes-te num mundo
Que é um poço sem fundo
Tal como a amargura de um barco
Que viaja sem rumo.
Num sentimento ingénuo,
ResponderEliminarPerdeste a tua bússola,
Mas não o lugar de onde vens,
Nas palavras que te identificas.
E vês a prova de que te retens.
Mas não provas e rectificas.
Que a dor, não vem com a verdade.
Vem da saudade, que sonda a preciosidade.
A vontade de ficar junto de alguém.
Lança mágoa e pouca injúria.
O que o pouco de nós não procura luxúria.
Mas vivemos das palavras que nos personificam.
Metafóricamente, nunca significa que ficam.
Mas somos escritores, nunca nos esquecemos,
A poesia, a prosa e daquilo que vivemos.
Os momentos, o amor, o ardor.
A beleza do momento, o sol ardendo.
Ácido sulfúrico, prova de tormento.
Não controlamos ao todo, o poço de talento
A profundeza do encontro, é o preço que pagamos.
É o mal que toca aos mares, enquanto sofremos.
que lindo :)
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