sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Bom dia amor

Passado tão pouco tempo ela ainda não acreditava que já estava a acontecer tudo outra vez. Será que já passou muito ou pouco tempo? As teorias do tempo e dos minutos, horas e segundos não faziam muito sentido na cabeça dela, era como uma magia negra que ela não queria interpretar de todo, longe, muito longe. As borboletas na barriga apareciam cedo de mais, ela sentia-se como o vento, como se as estrelas à noite brilhassem só para ela, como se o sol de Inverno fosse feito só para ela, como se a neve caísse só para ela, e ela quando estava assim pensava que duraria para sempre, que tudo era infinito,  e digo-vos, isso é amor... O segredo da felicidade não estava em roupas caras, nem em perfumes, muito menos no dinheiro, ou na bebida, ou no tabaco, pois para ela ser completamente feliz só precisava de uma coisa: dele. Será que é triste o coração dela bater tão forte, o estômago encher-se de borboletas e o cérebro encontrar-se num estado de divagação por alguém que nem sequer é dela? É sempre assim, uma seta no escuro porque nunca temos a certeza de nada, e se por ventura ela tiver a sorte de ser algo recíproco pode ser que um dia destes ela acorde, abra os olhos muito devagar por causa da claridade e ele esteja apenas à distância de um braço,  ela perde-se na beleza incomparável que ele possui e sente-se tão pequena no mundo aproximando-se para lhe dar um beijo e aí ela vai ter a certeza que isso é felicidade e que não precisa de mais nada no mundo, só dele.

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